Terceiro dia do Congeps faz reflexão Tecnologias da informação e seus impactos na gestão das organizações

A manhã do terceiro e último dia do Congeps trouxe reflexões sobre o futuro das organizações, desafios e conquistas trazidas pelo desenvolvimento tecnológico.

No primeiro painel do dia, a perspectiva da carreira do servidor e o papel das lideranças no cenário trazido pela transformação digital do governo foram debatidos por Maria Júlia Pantoja, da UnB, e Henrique Sant’Anna, da Inteeri. Sant’Anna abordou a importância das equipes virtuais, da comunicação e da educação como ferramentas de trabalho. Para ele, “mais do que uma cultura de resultados, precisamos de uma cultura de aprendizado, uma cultura em que possamos nos sentir seguros psicologicamente para potencializar os resultados”.

A Tecnologia da Informação, que tanto tem impactado as relações de trabalho, foi o tema do segundo painel, que abordou os desafios do futuro digital. O Diretor de Tecnologia da Informação do INSS, João Rodrigues, destacou a importância da segurança da informação apresentando o case Plano Diretor de Segurança da Informação do INSS. “Segurança é um processo, não um produto. Trata-se de uma construção coletiva, que envolve todas as áreas da organização.” Para ele, o foco da segurança deve estar nas pessoas,agentes principais e usuários principais dos sistemas de governo.

Também participaram do debate Anderson Costa, da Secretaria de Governo Digital do Governo Federal, Alan Santos, Diretor de Relacionamento e Negócios da DATAPREV e João Paulo Ferreira Machado, Subsecretário de Políticas Públicas de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), que apresentou os resultados da criação da Carteira de Trabalho Digital.

A mesa foi mediada por Luana Faria, do LA-BORA! Gov, que resumiu os desafios citando que o governo precisa ser intuitivo e transparente para que ele se torne, de fato, parte de nossas vidas. “Devemos experimentar novos modelos na política pública, nos serviços públicos e desmistificar a questão da segurança de dados”, concluiu.

O terceiro painel da manhã focou a discussão no teletrabalho e nos riscos laborais, em especial, as condições de trabalho pós pandemia de Covid-19. Para o professor de Psicologia Social e do Trabalho da Universidade de Brasília (UnB), Mário César Ferreira, a pandemia intensificou a adoção do teletrabalho como forma de produção, mas por conta da rapidez com que aconteceu, ainda carece de aprimoramentos e observações quanto às metas a serem estabelecidas pelas empresas e órgãos públicos, além de uma avaliação mais consistente dos ambientes de trabalho e da própria postura do trabalhador que optou por essa modalidade de produção. O painel também trouxe a experiência da Colômbia, no que diz respeito à gestão de riscos laborais. A gerente da sucural da Positiva Companhia de Seguros, Ximena Enriquez, apresentou ferramentas de controle de riscos laborais, como um aplicativo em que o trabalhador e as empresas se conectam e alimentam com informações o app que, por sua vez, acaba sendo utilizado na tomada de decisões e prevenção de riscos.