Congeps: Primeiro dia tem discussões sobre o futuro da Previdência
O Congresso Internacional de Gestão da Previdência Social deu a largada em seus três dias de discussões, debates e propostas voltadas para o desenvolvimento de alternativas inovadoras para a melhoria da prestação de serviços.
No primeiro dia de debates e apresentação de trabalhos, a palavra “futuro”, talvez, tenha sido a mais citada entre palestrantes e autoridades presentes. Inclusive durante a abertura, nas palavras do ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, o olhar é para o que está por vir. “Queremos um estado mais ágil, mais digitalizado, e mais presente na vida dos brasileiros”.
Em seguida à abertura, painéis com palestrantes de várias partes do mundo trouxeram um panorama da Previdência Social e o mercado de trabalho, no mundo e na América Latina. A representante do Banco Mundial, Asta Zviniene e a diretora de Assuntos Sociais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, Monika Queisser, levantaram as consequências para o mercado de trabalho que a pandemia da Covid-19 e ainda as mudanças climáticas trouxeram.
A necessidade de adaptação, não apenas a intempéries do clima e epidemias, mas também às novas tecnologias e, consequentemente, às novas formas de trabalho, foi outro tema abordado em quase todos os seis painéis do dia. “A seguridade social precisa se adaptar às novas realidades do mercado de trabalho para garantir proteção num ambiente que possui maior diversidade laboral”, assim definiu o secretário-geral da Associação Internacional de Seguridade Social (AISS), Marcelo Caetano. O secretário ainda avaliou a importância de eventos com o Congeps. “Eles permitem que se faça uma reflexão profunda de assuntos relevantes, como no caso do Congeps, sobre a Gestão da Previdência Social”. O ministro do TCU, Aroldo Cedraz, resumiu bem a questão da inovação tecnológica. “Digitalizar para humanizar”.
Ainda sobre os caminhos que a proteção social deve percorrer para se adequar a novas realidades, o Congeps trouxe o painel Desafios da Previdência Social no Mundo, em que o presidente do INSS, Guilherme Serrano, como mediador, enfatizou a educação como prioridade na superação da informalidade. “Só assim seria possível convencer as pessoas que a previdência é um bom negócio”, disse.
Outro destaque da tarde foi a participação do Dr. em Ciência Política e pesquisador da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), Paulo Tafner, que tratou em suas falas sobre a importância da Reforma da Previdência para o aprimoramento das contas públicas e da proteção social.
O Congeps acontece entre os dias 16 e 18 de novembro, no Instituto Serzedêllo Corrêa. É uma realização do INSS e Ministério do Trabalho e Previdência, com correalização do Tribunal de Contas da União (TCU), e conta com o patrocínio da Dataprev, Correios e Anasps.