Gestão de dados e acesso a serviços digitais movimentam discussões

No segundo dia de Congeps, convidados internacionais e órgãos públicos nacionais trouxeram experiências na análise de dados pra resultados no Estado.

Os debates em torno da excelência dos serviços oferecidos à população continuaram durante a tarde de quinta-feira (17), no segundo dia do Congresso Internacional de Gestão da Previdência Social (Congeps). No primeiro painel “Digitalização de Processos e Previdência Social”, os convidados internacionais traçaram um panorama de como os processos online dinamizaram o acesso aos serviços públicos, de uma forma que quase 100% dos usuários obtém serviços e informações de órgãos por meio da internet, economizando tempo e dinheiro. É o caso da Estônia, onde 98% da população tem acesso à internet e o governo disponibiliza todos os seus serviços de forma digital. “A internet é um direito social”, disse Liis Mesi, chefe do Departamento de Gestão de Informação do Conselho Nacional de Seguridade Social da Estônia, presente no evento para trazer a experiência deste país pioneiro do Leste Europeu. Além da Estônia, o painel trouxe os casos de sucesso de países como a Dinamarca, Canadá, Austrália e França, onde a internet ao alcance acelerou o processo de acesso também aos serviços públicos disponibilizados de modo digital.

Mas não basta apenas os governos colocarem seus serviços na rede e democratizar seu acesso para a população. A qualidade das informações que vão alimentar esses serviços e fazer com que as “entregas” ao cidadão sejam eficientes depende da gestão de dados. E esse foi o mote do debate do segundo painel “Transformando Dados em Resultados”, onde Dataprev, INSS, TCU e Banco do Brasil expuseram como a qualidade dessas informações interferem diretamente nos serviços, no caso do INSS os requerimentos, que vão ser solicitados pela população. Para o coordenador-geral de Administração de Informações de Segurados do INSS, Roberto Dal Col Filho “o tratamento das informações é fundamental para o reconhecimento de direito”, destacou Dal Col, ao se referir ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (Cnis). O gestor ainda apresentou gráficos que demonstram o resultado positivo do trabalho do INSS na qualificação de seu banco de dados.

Finalizando a rodada de debates do segundo dia, na sequência, foram tratadas a Reforma da Previdência, avaliada sob uma ótica de erros e acertos pelo professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Fábio Zambitte, e logo em seguida veio o tema “Educação Corporativa na Práxis Pública”, que teve a coordenadora-geral de Educação e Desenvolvimento do Servidor do INSS, Sandra Cristina C. S. Luna.